O percurso pedestre, Trilho de São Cristovão, faz parte da Rede de Percursos Pedestres do Concelho de Mogadouro. Tem aproximadamente 11 km, é circular e tem início no Largo da Igreja da Misericórdia, em Mogadouro. Logo aqui a riqueza patrimonial é imensa, temos o Castelo, a Igreja da Misericórdia, o Pelourinho e do, lado oposto, a Igreja Matriz. Percorrendo as ruas da vila, chega-se junto da Capela de Santa Ana e, dali, tem-se uma panorâmica sobre uma vasta área que constitui um mosaico de cores e formas, que vai variando segundo as estações do ano. Começa-se a descer para junto da ribeira do Pontão, passando pelos campos de cultivo de cereais até ao pequeno bosque ribeirinho, onde o verde é mais intenso. Segue-se até à aldeia de Figueira, onde será prudente descansar um pouco antes de iniciar a subida. Subindo ao Miradouro de São Cristóvão, no alto da serra da Figueira, goza-se de uma vista privilegiada sobre a vila, e pode ainda observar as serras do Reboredo, Bornes e Nogueira, bem como o Planalto Mirandês. A descida, pelo lado este, é tranquila e permite desfrutar mais da paisagem. Ao chegar ao Parque Urbano da Ribeira do Juncal, aguarda-nos um espaço bastante agradável para fazer uma pequena pausa e desfrutar do parque. A “Porta” da Rota da Terra Fria Transmontana e o Centro de Interpretação do Mundo Rural permite obter alguma informação adicional sobre os locais a visitar. O percurso termina mais adiante depois de subir a avenida junto às piscinas municipais, passando pela Fonte da Vila, feita em pedra, cuja água é saboreada por todos, e rapidamente nos encontramos no Largo da Misericórdia, onde este percurso teve início.
Este percurso pedestre tem aproximadamente 16 km e tem início junto à Igreja Matriz de Santa Maria de Azinhoso. Trata-se de uma igreja românica composta por nave e capela-mor, sendo esta uma estrutura arquitectónica classificada como Imóvel de Interesse Público. Adossada à Igreja Matriz, encontra-se a Capela da Misericórdia que acolhe uma exposição permanente de Arte Sacra e, próximo da igreja, também se pode observar o monumental pelourinho seiscentista. Começamos a caminhar e rapidamente encontramos a ponte medieval, indício de que aqueles caminhos outrora eram percorridos. Encontram-se, também, alguns moinhos de água junto à ribeira de Bastelos, alguns exemplares de cegonhas e poços de água, na sua maioria já em desuso ou em ruína. A diversidade da paisagem permite-nos uma contemplação mais atenta, ao chegar a um portal que nos dará acesso ao Monóptero de São Gonçalo, monumento muito enigmático. O Monóptero de São Gonçalo está situado no local onde existiu, outrora, uma ermida com a mesma invocação. Deixando esta singular construção avançamos para Penas Roias. Esta, possui um património bastante diversificado, as Capelas da Misericórdia, de Nossa Senhora das Dores e de Santa Cruz, a Igreja Matriz, de origem medieval, o Pelourinho e o Castelo, uma das mais importantes fortalezas medievais de Trás-os-Montes dado o papel que desempenhou no século XII, num período de afirmação do nascente reino de Portugal. Depois de uma visita a todos este locais, seguimos por um caminho empedrado onde, mais adiante, se encontra a Fonte da Pedra, uma fonte de mergulho, junto a um pequeno ribeiro e um pequeno bosque ripícola de freixos e vidoeiros. Depois, seguindo uma estrada em terra, viramos à direita num caminho antigo que nos leva para junto da ribeira de Bastelos. Aqui, avistamos um moinho de água em ruínas. Após passar a ribeira, fazemos um desvio para a direita a fim de visitar as ruínas da Ermida de São Miguel. Apenas resta parte das paredes e do arco de entrada sendo que o arco triunfal ainda se mantém integral. Retomando a nossa caminhada e, junto ao corredor de freixos que acompanha a ribeira, chega-se a um pequeno parque de merendas que convida a um pequeno repouso para melhor desfrutar deste espaço. Logo a seguir, a albufeira de Bastelos, que abastece a vila de Mogadouro e todo concelho com água potável, permite-nos a observação da variada fauna e flora que usufruem deste corpo de água. À medida que nos aproximamos do final do percurso, junto à barragem, vira-se à esquerda e segue-se o caminho junto a pequenas hortas onde se cultivam árvores de fruto e legumes, campos em pousio, onde algumas ovelhas pastam livremente e encontram-se também alguns exemplares asininos de Raça Mirandesa, característica desta região. Ao chegar ao Azinhoso, destacamos o lavadouro da aldeia, comunitário, pois servia e ainda serve toda a população local. Referimos também a fonte de Vilar, de águas refrescantes e cristalinas e a fonte de mergulho, que antigamente servia a população com os cântaros cheios de água. A passos curtos encontramo-nos no final desta interessante caminhada cheia de história e cultura do Planalto Mirandês.
Este percurso faz parte integrante da Rede Municipal Pedestres do Concelho de Mogadouro. Tem início junto ao edifício da Junta de freguesia, em Urrós, com uma extensão de aproximadamente 14,4 km. Seguindo em direção à Torre Sineira e ao Museu Rural de Urrós, que expõe um conjunto de objetos associados ao cultivo dos cereais e a sua transformação em pão. Já fora da aldeia pode ver-se a Cascata do Poço da Frágua. Mais adiante, encontramos as ruínas da Capela de São Fagundo, um antigo templo medieval que ainda mantém intactos o portal frontal e o arco triunfal da capela-mor. Nas proximidades, é possível observar várias sepulturas medievais escavadas na rocha, conjunto denominado por Necrópole de São Fagundo, e também as pegadas dos Mouros, pequenas covinhas e pegadas gravadas no granito. Desconhece-se a razão da sua existência e a sua funcionalidade. O percurso encaminha-se pelo planalto com passagem por entre olivais tradicionais, vinhedos e amendoeiras, característicos da região, até chegar ao Miradouro da Cerca, que permite contemplar as arribas do rio Douro e as escarpas abruptas que separam o planalto Mirandês das terras de Espanha. Daqui, o trilho segue até ao Castro do Picão da Bouça d’Aires, onde se veem vestígios de um antigo povoamento castrejo, e aos miradouros, aos quais é atribuido o mesmo nome que ao Castro. Pelo caminho, encontramos um ponto interessante, uns degraus escavados na rocha. A população local chama-lhe Altarico, pois dá a sensação de se subir a um pequeno altar. São, no entanto, entalhes de assentamento de uma construção, possivelmente dos períodos romano ou medieval. Durante o percurso, podem ver-se diversas construções de arquitetura tradicional portuguesa, como as corriças, os pombais, os moinhos de água, os poços e as peculiares cegonhas. Estas últimas, são um engenho para retirar água do poço e posteriormente regar a horta. No final do percurso pedestre e já muito próximo da aldeia de Urrós, encontramos as Bodegas, galerias abertas na rocha, onde antigamente se conservavam o vinho e alguns alimentos. Aqui, consegue ter-se temperatura bastante mais fresca do que no exterior. A passos curtos encontramo-nos no final desta belíssima caminhada, cheia de histórias, cultura e tradições.
Este percurso integra a Rede de Percursos Pedestres do Concelho de Mogadouro. Tem aproximadamente 8,6 km, com início junto à Capela de Santo Cristo, situada no Largo com o mesmo nome, na freguesia de Bemposta. Daqui, partimos em direção à Igreja Matriz de Bemposta, descobrindo os vários exemplares de património histórico entre os quais: o Pelourinho, a Capela de S. Sebastião, as casas brasonadas, as fontes de mergulho e as muralhas mandadas construir por D. Dinis, que são o que resta de um passado de resistência de uma população às invasões. Chegados à Capela de Santa Bárbara pode apreciar-se a paisagem, no miradouro ali existente, e seguimos até ao Miradouro da Faia da Água Alta, este, já fora da aldeia. Começamos a descer pela encosta até à ribeira de Bemposta, aqui, temos vários pequenos miradouros naturais, em que podemos contemplar diversas perspectivas da cascata da Faia da Água Alta. Após atravessar a ribeira, iniciamos a subida por um caminho estreito e sinuoso. No topo, um miradouro sobre a ribeira de Bemposta permite ver uma pequena cascata. Contornando a encosta, a v i s t a m o s o p o n t o m a i s emblemático deste percurso pedestre, a cascata da Faia da Água Alta, que existe um pouco antes da integração da ribeira de Lamoso na Ribeira de Bemposta, que é uma afluente do Douro. A queda de água, reforçada por semanas de forte chuvada, é surpreendente. Recomenda-se a sua contemplação de Novembro a Abril, dado que a cascata apenas se encontra com mais caudal nesse período. Todavia, nos restantes meses do ano, a escarpa e a paisagem, são de elevado destaque paisagístico. Deixamos para trás este fantástico fenómeno natural e seguimos caminho até Lamoso, uma pequena aldeia no topo do monte, com poucas casas e população envelhecida, algo que representa a maior parte das aldeias de interior deste concelho. Para trás ficam os tempos e as glórias de uma aldeia. De seguida, a capela do Sr. da Apresentação e um pequeno cemitério honra-nos com a sua presença. À direita, surge caminho, seguimos em direção a Bemposta, percorrendo o caminho ancestral que ligava estas duas aldeias. Vestígios disto, são os pequenos troços de um empedrado até chegarmos à ponte sobre a Ribeira de Bemposta. Em síntese, do percurso pedestre e de regresso ao Largo do Santo Cristo, desfrutamos de uma paisagem rural de aldeia, de campos cultivados, de hortas meticulosamente cuidadas e pequenos pormenores de arquitetura rural edificada.
Este percurso pedestre faz parte da Rede Municipal de Percursos Pedestres de Mogadouro. Tem aproximadamente 10,3 km e inicia-se junto ao edifício da Junta de Freguesia, em Peredo da Bemposta. Percorrendo as ruas da aldeia podemos ver algum património arquitetónico como a Igreja Paroquial, o cruzeiro e as casas, características da região. Seguimos por um caminho que nos leva à Fraga dos Amores. Conta o povo que esta fraga nos diz quantos relacionamentos amorosos vamos ter na nossa vida. Aqueles que não têm nenhum relacionamento devem atirar pedras para cima da fraga. A quantidade de pedras que conseguirem fazer parar em cima da fraga corresponde ao número de “amores” (relacionamentos) que irão ter na vida. De seguida, encontramos a Fraga da Serpente. Reza a lenda que nesta fraga vivia uma enorme serpente que todos os dias cumpria um ritual. Acordava, dava sete voltas à fraga, deslocava-se a um chafariz que existe ali perto para beber água e no regresso ia picar os pés de uma santa que se encontrava numa outra fraga em forma de nicho esculpido naturalmente. Quando aqui chegava, repousava até ao dia seguinte. E todos os dias repetia este ritual. Um dia, a santa, apoquentada por ver os seus pés constantemente picados, decidiu lançar-se para o lado de Espanha e meteu-se num seixo. Do lado espanhol, os pastores, que por ali passavam todos os dias com os seus rebanhos, ao depararem-se com aquele seixo no seu caminho, pegavam nele e atiravam-no pela arriba abaixo. Este rebolava pela arriba e só parava junto à água. No dia seguinte, o seixo estava novamente no cimo da arriba e os pastores voltavam a atirá-lo pela arriba abaixo. Isto repetiu-se durante alguns dias, até que os pastores, intrigados, abriram o seixo ao meio e, espantados, encontraram lá a santa. Ergueram uma capela em honra da santa, com o altar virado para Espanha. No dia seguinte a santa encontrava-se virada para Portugal, de costas para Espanha e os pastores viraram-na para Espanha. No outro dia, a santa encontrava-se novamente virada para Portugal. Foi então que decidiram fazer um altar duplo, para que a santa fosse vista dos dois países. Ainda hoje, a parte de trás da capela é em vidro. Por entre olivais e vinhas, com vista para as arribas do rio Douro, avistamos do outro lado da fronteira, a Ermida da Nossa Senhora do Castelo. Esta paisagem pode ser contemplada ao longo do percurso em vários locais que servem de pequenos miradouros naturais. Podemos também apreciar alguns carvalhais e sobreirais na subida até à Pala dos Mouros. Aqui, para além da espetacularidade deste conjunto rochoso, apreciamos, desde o cimo deste, uma vista excelente sobre o planalto Mirandês, divido em pequenas parcelas de cultivo. Mais adiante, o caminho vai-se aproximando do vale encaixado do rio Douro até chegar ao conhecido miradouro dos Picões, com uma vista deslumbrante sobre o rio Douro serpenteando as arribas e sobre a vizinha Espanha. O regresso à aldeia faz-se desfrutando de um passeio suave, que permite admirar extensas áreas de cultivo que salpicam a paisagem de diferentes cores e texturas.
Este percurso, faz parte integrante da Rede de Percursos Pedestres do Concelho de Mogadouro. Tem aproximadamente 5,6 km, com início no largo em frente à sede da Junta de Freguesia, junto ao fontanário, em Vilarinho dos Galegos. Seguindo pela direita, alguns metros à frente, podemos visitar a Igreja Matriz e apreciar alguns elementos que se encontram a decorar os muros circundantes. Saindo do núcleo habitacional percorremos um caminho rural onde são abundantes os olivais e os vinhedos tão marcantes desta região. Com destino ao Castro de Vilarinho dos Galegos, também conhecido pelo Castelo dos Mouros, um pouco mais adiante, encontramos um miradouro natural sobre o rio Douro, na Fraga do Calço. Descemos e usufruímos da vista panorâmica para a encosta de zimbros, que surge à nossa frente, até chegarmos à ribeira, esta, ladeada por freixos e salgueiros, na qual existe uma pequena cascata e lagoa naturais. Já na outra margem, seguimos até ao caminho conhecido pelo caminho do contrabando. Em outros tempos, era feito por muitos que iam em busca de uma vida melhor. Ao longo do caminho usufruímos de diferentes tipos de vegetação que cobrem as encostas sobre o rio, entre elas, os zimbros, os pilriteiros, as oliveiras, os sobreiros, as estevas e os giestais. Ao chegar à aldeia, podemos contemplar uma bonita fonte de mergulho e, de seguida, uma pequena ponte sobre a ribeira. Durante os metros finais, apreciamos alguns pormenores arquitetónicos das casas tipicamente transmontanas e bem preservadas da aldeia.
Este percurso pedestre faz parte integrante da Rede Municipal de Percursos Pedestres de Mogadouro. Com início na Praça do Tanque, em Bruçó, tem aproximadamente 3,8 km. Saindo da aldeia, segue por caminhos tradicionais que atravessam campos onde ainda é colhido o cereal e onde as oliveiras disputam terreno com vinhedos e amendoeiras. Segue-se com destino a um imponente miradouro natural, a Fraga do Sapato, de onde se podem ver quedas de água e as aves que procuram esconderijos inacessíveis para nidificar ou só para descansar. Aqui, não se pode deixar de contemplar as famosas arribas, as escarpas abruptas que separam o planalto Mirandês de Espanha. Continuando, ao longo do caminho, por entre penedos, chega-se ao Poço de Nadar, um fosso na rocha que serve de piscina natural. Mais adiante, encontramos a Fraga do Rebaladouro, local onde antigamente as crianças se divertiam usando a rocha como escorrega. Antes de terminar o percurso pode ainda apreciar-se um conjunto de currais relativamente bem preservados que denotam a importância da pastorícia na região.
Este percurso, está integrado na Rede Municipal de Percursos Pedestres de Mogadouro. Com aproximadamente 9,4km, tem início na Praça do Tanque, em Bruçó saindo na direção da Igreja Matriz. Fora da aldeia pode observar pequenas áreas cerealíferas e pomares de oliveiras até entrar em caminhos menos percorridos onde a vegetação vai variando. Faz-se um pequeno desvio até chegar ao local onde restam as ruínas de um castro que veio a ser conhecido também como o Castelo dos Mouros. Regressamos ao percurso principal, de seguida, encontra-se um carreiro ao longo de uma escarpa até ao antigo quartel da Guarda-Fiscal, atualmente desativado, mas que, antes, permitia uma vigilância apertada e contínua ao contrabando. Andamos mais um pouco e conseguimos ver a barragem espanhola de Salto de Aldeadávila e contemplar as arribas do rio Douro. Ao percorrer o planalto, constatamos que aquela vasta área, agora não cultivada, fora outrora bastante produtiva. A vegetação apenas muda junto às linhas de água, onde se encontram freixos, juncos e se sente o cheiro dos poejos, entre outras pequenas herbáceas aromáticas que resistem à sequidão de verão. De volta à aldeia, encontramos uma fonte de água fresca e um agradável parque de merendas onde se pode recarregar energia para últimos metros de caminhada até ao final do percurso.