Este percurso, ideal para uma curta caminhada e muito acessível para quem é iniciante, destaca-se pelas excelentes vistas. Poucas são as cidades que, como Setúbal, têm o privilégio de estar situadas junto de um rio azul como o Sado e no sopé de uma serra extraordinária como a Arrábida. O percurso inicia-se junto do rio, no Parque Urbano de Albarquel, e desenrola-se pelos caminhos que envolvem o Forte de S. Filipe. O Parque Urbano de Albarquel, na zona ribeirinha de Setúbal, foi inaugurado em 2008 como resultado da reabilitação de um antigo parque de campismo. Atualmente, é um dos locais mais procurados para todo o tipo de atividades ao ar livre de lazer e desportivas ligadas ao mar. Datado do século XVI, o Forte de S. Filipe é um ponto de passagem obrigatória para quem visita Setúbal, tendo sido outrora um importante bastião defensivo e de controlo da cidade. Das suas muralhas, desfruta-se de uma das vistas panorâmicas mais extraordinárias da cidade e da baía, pelo que se aconselha a sua visita e uma paragem na esplanada.
Este percurso linear percorre as encostas norte e sul da Serra da Arrábida até ao Portinho da Arrábida, passando pelo ponto mais alto da cordilheira, o Alto do Formosinho, assinalado com o marco geodésico aos 501 metros. Este trajeto, de nível de dificuldade mais elevado, é o que mais se aproxima de condições de montanhismo, devido à grande inclinação e às características do terreno. É dos trajetos mais carismáticos da região, pela ligação aos primeiros povoados da Arrábida (formação rochosa Castelo dos Mouros) e aos círios peregrinos ancestrais de devoção a Nossa Senhora da Arrábida, que se mantêm, pelo desafio que representa atingir o pico, por entre vegetação densa, zonas de cascalheira e de escalada em pedra, e ainda pelas paisagens de perder de vista que ligam o estuário do Sado ao do Tejo e ao limite finisterra com o oceano. Desenvolvendo-se junto do limite da zona de proteção total do Parque Natural da Arrábida, destaca-se pela sua vegetação mediterrânica, de porte arbustivo cerrado, e pelas características inóspitas de local inalterado. Na parte final do percurso, encontramos o Convento da Arrábida, localizado na vertente sul da Serra da Arrábida, que data do século XVI. Nas proximidades, existem várias guaritas, a Capela do Bom Jesus e o Convento Velho, que justificam uma visita. Este é propriedade da Fundação Oriente, obrigando a marcação de visita prévia.
Este percurso, ideal para uma curta caminhada junto do mar, é excelente para iniciantes. Liga o Creiro ao Portinho da Arrábida e a Alpertuche, num trajeto que, embora curto, nos transporta ao longo das várias ocupações humanas da Arrábida. A Estação Arqueológica do Creiro testemunha a presença de um dos mais antigos complexos industriais de produção de produtos piscícolas da zona de Setúbal, fazendo parte da Cetóbriga romana, juntamente com outras unidades fabris. A Lapa de Santa Margarida é uma reentrância rochosa que tem a particularidade de ser facilmente visitável (após 250 degraus) e de conter no seu interior uma capela erguida no século XVII, a que antigamente acorriam diversos círios. O Forte de Santa Maria (séc. XVII), onde se encontra instalado o Museu Oceanográfico, acolhe um enorme espólio de biodiversidade proveniente do Parque Marinho Luiz Saldanha, cedido pelo naturalista Luiz Gonzaga do Nascimento. Foi adaptado, no início do seculo XX, às funções de pousada pelos pais do poeta azeitonense Sebastião da Gama, conhecido pela forte ligação à proteção da natureza, em particular da Arrábida. Em termos naturais, destaca-se a presença da Pedra da Anicha, formação rochosa existente a curta distância da costa, defronte da Praia do Creiro, que alberga uma densa biodiversidade, e as alfarrobeiras que nos acompanham ao longo do caminho de subida até final do percurso. Termina com a possibilidade de ida a Alpertuche (ramal opcional), uma praia naturalizada e de águas límpidas.
O percurso “Aldeias de Azeitão”, além do seu esplendor natural que caracteriza esta região, apresenta um cariz cultural e vários pontos de interesse patrimonial. Pode ser feito na íntegra ou optar-se por uma volta mais curta, seguindo as indicações para a variante PR 4.1, aos 6 quilómetros. Ao percorrer este trajeto conhecerá as origens de Azeitão, território inserido em pleno Parque Natural da Arrábida, cujo nome, de origem árabe, deriva de azzeittum, devido aos extensos olivais que aqui se encontravam. A sua delimitação remonta aos tempos medievais e teve na sua génese a agricultura, nomeadamente a cultura da vinha e da oliveira, que interveio na paisagem e que ainda domina as quintas e pequenos aglomerados populacionais. Sombreada pela Serra da Arrábida, Azeitão ganhou prestígio a partir do século XV, por ser uma das áreas prediletas da aristocracia portuguesa. Com início e fim em Vila Nogueira de Azeitão, este percurso transporta-nos pela Aldeia Rica, por Oleiros, pela Aldeia de Irmãos, pelas aldeias da Piedade, da Portela e de São Pedro, por Casais da Serra e por Picheleiros, sempre sob a imponente Serra da Arrábida e seus caminhos mais tradicionais. A variante mais curta (PR4.1) é ideal para quem tem um interesse especial pelo património cultural, além do natural, permitindo conhecer as diversas capelas, fontes e locais emblemáticos, que tornam Azeitão num local tão rico em termos de história.